quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quatro anos depois...

Por João Paulo Biage

No dia 16 de agosto de 2006, Dunga estreava como técnico pela seleção brasileira de futebol. No amistoso contra a Noruega (empate 1x1), o Brasil entrou em campo cheio de caras novas e com muita promessa de renovação e disciplina, para que o torcedor esquecesse da Copa da Alemanha e a seleção fosse bem na Copa de 2010. Infelizmente não deu certo e o selecionado brasileiro, pela segunda vez consecutiva, foi eliminado nas quartas-de-final de uma Copa do Mundo de Futebol.

Quatro anos mais tarde, a história é a mesma. O amistoso agora é contra os Estados Unidos e o estreante da vez é Mano Menezes. Com um esquema de jogo mais ofensivo, mesmo jogando na casa adversária, o Brasil saiu vitorioso no amistoso. 2x0. Gols de Neymar e Pato.

Mas dessa vez foi diferente. Era um time envolvente, como bom toque de bola, veloz e sempre abafando os EUA. Lucas e Ramires saiam sempre tocando bem a bola. O primeiro ficava mais preso à frente da zaga enquanto o novo jogador do Chelsea aparecia como alternativa para o ataque. André Santos e Daniel Alves subiam muito. Destaque para o lateral esquerdo que fez uma ótima partida. Daniel, remanecente de Dunga, não atuou bem.

O ataque com Pato, Neymar e Robinho é muito rápido. Robinho começou no lado direito e Neymar no esquerdo, mas alternaram posições enquanto estiveram em campo. Paulo Henrique Ganso municiou os avantes com primor. Contudo, o melhor setor do time continua sendo a defesa. Mesmo que menos protegida, teve segurança e não dava chutão desnecessário. Com David Luiz, Thiago Silva, Henrique, Rever, Mario Fernandes e outros o Brasil tem zagueiros bons para os próximos dois ciclos de Copa.

Fato é que o primeiro passo da longa caminhada foi firme. E essa caminhada é a mais importante da história do futebol brasileiro. O Brasil pode ter a primeira e, talvez, última oportunidade de ver sua seleção campeã mundial em casa. Teremos alguns tropeços, alguns desvios e até escorregões, só não podemos cair. Nada pode dar errado ao ponto de ficarmos no meio do caminho, mais uma vez.

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