Por João Paulo Biage
- César Cielo faturou a medalha de ouro nos 50m borboleta no Pan-Pacífico de natação, em Irvine, Estados Unidos. Nicholas Santos foi o segundo colocado e completou a dobradinha brasileira na prova. O nado borboleta não é especialidade de Cielo e, mesmo assim, ele atropelou. É impressionante o talento e a força deste nadador, que já pode ser considerado o melhor do esporte nacional na história.
- O Internacional derrotou o Chivas de virada e é o campeão da antiga Taça Libertadores da América, que hoje leva o nome do patrocinador. Merecido demais o título do Colorado. Os gols de Rafael Sóbis, Leandro Damião - em seu primeiro chute na competição -, e do iluminado Giuliano fizeram o torcedor comemorar no Beira-Rio. Nem mesmo o golaço de Fabián e mais uma falha de Renan impediram o bicampeonato do Inter. Nota triste para a confusão no final da partida. Aliás, na Libertadores acontecem coisas inimagináveis na Europa. Será quase impossível vermos uma briga entre jogadores de Milan e Barcelona numa final da "Champions Heineken League". Países em desenvolvimento com futebol sub-desenvolvido...
- Ninguém se importou e pouca gente reparou, mas ontem teve jogo pela Copa Sul-Americana. O Avaí, mesmo perdendo, eliminou o Santos do torneio e segue vivo na disputa da mais nova vaga para a Libertadores. A partir deste ano, o campeão da Sul-Americana tem vaga garantida na competição mais importante da parte debaixo do continente. Verdade seja dita: ninguém se importa para a Copa Sul-Americana, e ainda mais o Santos que já está na Libertadores 2010. Hoje a competição continua com a partida entre Palmeiras e Vitória. O rubro-negro baiano venceu a primeira partida com facilidade, 2x0. Dureza para o time de Felipão.
- Não estamos tendo tanto tempo de postar. Trabalhando o dia todo e com o projeto final afunilando, o período para o blog fica escasso. Tentaremos mantê-lo atualizado. E este post homenageia Maria Sharapova pelo fato de... por nada.
Blog voltado para coberturas esportivas. Todos os esportes serão lembrados aqui, desde os mais badalados aos pouco conhecidos. Sejam Bem Vindos!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Tirando a poeira e a teia de aranha
Pré-temporada da NFL sempre tem dois significados. O primeiro é tirar a poeira já encrostada nos fãs de 6 meses sem futebol americano. A outra é o marasmo e a cansativa utilização de reservas pelos times. Porém, o lado bom nisso é ver os novatos aparecerem. Os recém draftados estão fazendo um bom papel nesta 1ª semana de pré-temporada. Abaixo os que se destacaram.
Kevin Kolb (Eagles) - O novo QB titular da franquia, draftado em 2007, foi muito bem no jogo contra o Jaguars. Acertou 6 de 11 passes tentados para 95 jardas. Comandou 3 drives para a redzone adversária. Faltou o touchdown. Um bom começo para quem vai substituir o ídolo Eagle Donovan McNabb
Tim Tebow (Broncos) - Conectou 8/13 passes com seus recebedores. Acumulou 105 jardas, nenhuma interceptação e ainda anotou um TD correndo 7 jardas. Deve ganhar a vaga de back-up de Kyle Orton.
Sam Bradford (Rams) - Foi a 1ª escolha do último draft. É muito preciso, sabe ler o jogo e tem liderança. Falta um pouco mais de proteção de sua OL. Foi sacado 6 vezes ontem.
Daqui para o final da pré-temporada farei uma análise sobre cada time da NFL. Quais tem chance de título, playoffs, wild card o pior da temporada. Depois disso, é só esperar 9 de setembro, dia que a bola oval sobe de verdade.
Kevin Kolb (Eagles) - O novo QB titular da franquia, draftado em 2007, foi muito bem no jogo contra o Jaguars. Acertou 6 de 11 passes tentados para 95 jardas. Comandou 3 drives para a redzone adversária. Faltou o touchdown. Um bom começo para quem vai substituir o ídolo Eagle Donovan McNabb
Tim Tebow (Broncos) - Conectou 8/13 passes com seus recebedores. Acumulou 105 jardas, nenhuma interceptação e ainda anotou um TD correndo 7 jardas. Deve ganhar a vaga de back-up de Kyle Orton.
Sam Bradford (Rams) - Foi a 1ª escolha do último draft. É muito preciso, sabe ler o jogo e tem liderança. Falta um pouco mais de proteção de sua OL. Foi sacado 6 vezes ontem.
Daqui para o final da pré-temporada farei uma análise sobre cada time da NFL. Quais tem chance de título, playoffs, wild card o pior da temporada. Depois disso, é só esperar 9 de setembro, dia que a bola oval sobe de verdade.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Quatro anos depois...
Por João Paulo Biage
No dia 16 de agosto de 2006, Dunga estreava como técnico pela seleção brasileira de futebol. No amistoso contra a Noruega (empate 1x1), o Brasil entrou em campo cheio de caras novas e com muita promessa de renovação e disciplina, para que o torcedor esquecesse da Copa da Alemanha e a seleção fosse bem na Copa de 2010. Infelizmente não deu certo e o selecionado brasileiro, pela segunda vez consecutiva, foi eliminado nas quartas-de-final de uma Copa do Mundo de Futebol.
Quatro anos mais tarde, a história é a mesma. O amistoso agora é contra os Estados Unidos e o estreante da vez é Mano Menezes. Com um esquema de jogo mais ofensivo, mesmo jogando na casa adversária, o Brasil saiu vitorioso no amistoso. 2x0. Gols de Neymar e Pato.
Mas dessa vez foi diferente. Era um time envolvente, como bom toque de bola, veloz e sempre abafando os EUA. Lucas e Ramires saiam sempre tocando bem a bola. O primeiro ficava mais preso à frente da zaga enquanto o novo jogador do Chelsea aparecia como alternativa para o ataque. André Santos e Daniel Alves subiam muito. Destaque para o lateral esquerdo que fez uma ótima partida. Daniel, remanecente de Dunga, não atuou bem.
O ataque com Pato, Neymar e Robinho é muito rápido. Robinho começou no lado direito e Neymar no esquerdo, mas alternaram posições enquanto estiveram em campo. Paulo Henrique Ganso municiou os avantes com primor. Contudo, o melhor setor do time continua sendo a defesa. Mesmo que menos protegida, teve segurança e não dava chutão desnecessário. Com David Luiz, Thiago Silva, Henrique, Rever, Mario Fernandes e outros o Brasil tem zagueiros bons para os próximos dois ciclos de Copa.
Fato é que o primeiro passo da longa caminhada foi firme. E essa caminhada é a mais importante da história do futebol brasileiro. O Brasil pode ter a primeira e, talvez, última oportunidade de ver sua seleção campeã mundial em casa. Teremos alguns tropeços, alguns desvios e até escorregões, só não podemos cair. Nada pode dar errado ao ponto de ficarmos no meio do caminho, mais uma vez.
No dia 16 de agosto de 2006, Dunga estreava como técnico pela seleção brasileira de futebol. No amistoso contra a Noruega (empate 1x1), o Brasil entrou em campo cheio de caras novas e com muita promessa de renovação e disciplina, para que o torcedor esquecesse da Copa da Alemanha e a seleção fosse bem na Copa de 2010. Infelizmente não deu certo e o selecionado brasileiro, pela segunda vez consecutiva, foi eliminado nas quartas-de-final de uma Copa do Mundo de Futebol.
Quatro anos mais tarde, a história é a mesma. O amistoso agora é contra os Estados Unidos e o estreante da vez é Mano Menezes. Com um esquema de jogo mais ofensivo, mesmo jogando na casa adversária, o Brasil saiu vitorioso no amistoso. 2x0. Gols de Neymar e Pato.
Mas dessa vez foi diferente. Era um time envolvente, como bom toque de bola, veloz e sempre abafando os EUA. Lucas e Ramires saiam sempre tocando bem a bola. O primeiro ficava mais preso à frente da zaga enquanto o novo jogador do Chelsea aparecia como alternativa para o ataque. André Santos e Daniel Alves subiam muito. Destaque para o lateral esquerdo que fez uma ótima partida. Daniel, remanecente de Dunga, não atuou bem.
O ataque com Pato, Neymar e Robinho é muito rápido. Robinho começou no lado direito e Neymar no esquerdo, mas alternaram posições enquanto estiveram em campo. Paulo Henrique Ganso municiou os avantes com primor. Contudo, o melhor setor do time continua sendo a defesa. Mesmo que menos protegida, teve segurança e não dava chutão desnecessário. Com David Luiz, Thiago Silva, Henrique, Rever, Mario Fernandes e outros o Brasil tem zagueiros bons para os próximos dois ciclos de Copa.
Fato é que o primeiro passo da longa caminhada foi firme. E essa caminhada é a mais importante da história do futebol brasileiro. O Brasil pode ter a primeira e, talvez, última oportunidade de ver sua seleção campeã mundial em casa. Teremos alguns tropeços, alguns desvios e até escorregões, só não podemos cair. Nada pode dar errado ao ponto de ficarmos no meio do caminho, mais uma vez.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Só o Jiu-Jitsu salva
Por Fellipe Thomas
A frase pode parecer até arrogante no mundo do MMA, mas valeu 110% no caso do “Spider” Anderson Silva. Ele estava derrotado, nem no pé conseguiu impor o seu jogo, Sonnen falou muito e fez demais até. Ganhou na “trocação” no 1º round, descobriu uma forma de neutralizar Anderson com suas quedas e a luta no chão, e até praticou um misto de brincadeira e humilhação estapeando Anderson na cara por diversas vezes. Enfim, Sonnen puxou a torcida pra si, fez sua parte fora e dentro do ringue.
Depois da luta, Anderson quis desvirtuar um pouco seu desempenho com a questão do osso trincado, mas achei que a apresentação pífia, até o 5º round onde ele mostrou outra atitude, foi mais de um fator psicológico do que um fator físico. Não tinha visto ainda, até então, Anderson ser dominado desde o início de uma luta, isso lhe deixou de mãos atadas, sem saber o que fazer, e quando fazia, não surtia o efeito de quando ele tomava a iniciativa em outras lutas e dominava completamente. O próprio escorregão quando ele tentou o chute no Sonnen, foi um retrato de como estava o cenário psicológico de Anderson na luta.
Considerei a vitória sendo de todos, Anderson por mostrar que sabe se superar em momentos adversos, por estar ainda ligado ao encontrar um vacilo de movimentação do Sonnen quando estes estavam na luta no chão, em pleno cansaço do 5º round, vitória do Sonnen por mostrar que, definitivamente, não há invencíveis no MMA, e do público que acompanhou uma das melhores lutas dos últimos tempos, sem as palhaçadinhas do “Spider”, com um Sonnen, repito, sem se intimidar com um campeão sendo seu oponente.
Cigano
Destaque também pro Cigano, mas que o Nelson o que tem de gordura, tem resistência, ah...isso ele tem. Mas ainda espero um grande oponente pro Cigano pra ele se consolidar, não acho que seja a hora ainda de enfrentar o Lesnar, mas um oponente como Velasquez, seria o suficiente pra ele mostrar para o que veio.
A frase pode parecer até arrogante no mundo do MMA, mas valeu 110% no caso do “Spider” Anderson Silva. Ele estava derrotado, nem no pé conseguiu impor o seu jogo, Sonnen falou muito e fez demais até. Ganhou na “trocação” no 1º round, descobriu uma forma de neutralizar Anderson com suas quedas e a luta no chão, e até praticou um misto de brincadeira e humilhação estapeando Anderson na cara por diversas vezes. Enfim, Sonnen puxou a torcida pra si, fez sua parte fora e dentro do ringue.
Depois da luta, Anderson quis desvirtuar um pouco seu desempenho com a questão do osso trincado, mas achei que a apresentação pífia, até o 5º round onde ele mostrou outra atitude, foi mais de um fator psicológico do que um fator físico. Não tinha visto ainda, até então, Anderson ser dominado desde o início de uma luta, isso lhe deixou de mãos atadas, sem saber o que fazer, e quando fazia, não surtia o efeito de quando ele tomava a iniciativa em outras lutas e dominava completamente. O próprio escorregão quando ele tentou o chute no Sonnen, foi um retrato de como estava o cenário psicológico de Anderson na luta.
Considerei a vitória sendo de todos, Anderson por mostrar que sabe se superar em momentos adversos, por estar ainda ligado ao encontrar um vacilo de movimentação do Sonnen quando estes estavam na luta no chão, em pleno cansaço do 5º round, vitória do Sonnen por mostrar que, definitivamente, não há invencíveis no MMA, e do público que acompanhou uma das melhores lutas dos últimos tempos, sem as palhaçadinhas do “Spider”, com um Sonnen, repito, sem se intimidar com um campeão sendo seu oponente.
Cigano
Destaque também pro Cigano, mas que o Nelson o que tem de gordura, tem resistência, ah...isso ele tem. Mas ainda espero um grande oponente pro Cigano pra ele se consolidar, não acho que seja a hora ainda de enfrentar o Lesnar, mas um oponente como Velasquez, seria o suficiente pra ele mostrar para o que veio.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Aperitivo agradável
Por João Paulo Biage
A seleção brasileira de basquete masculino foi campeã do Super Four, torneio amistoso preparatório para o Campeonato Mundial da categoria. A competição contou ainda com a presença de Angola, vice-campeã, Venezuela, 3ª colocada e Chile, último.
Para um início de preparação foi ótimo. O Brasil enfrentou adversários bem mais fracos do que os que vai enfrentar no Mundial, mas mostrou uma grande superioridade nas duas partidas. O primeiro desafio foi contra a Venezuela, no sábado (7). O começo não foi muito bom, porém a seleção foi se soltando aos poucos e conseguiu abrir boa vantagem. No final, vitória fácil. 92 x 50. Destaque para Anderson Varejão, Guilherme e Marquinhos. Os três foram os cestinhas da partida, com 13 pontos cada. Na final contra Angola, mais uma vitória fácil. O placar elástico, 89 x 59, valeu o título do torneio e o pontapé inicial para a volta do basquete masculino brasileiro à Olimpíada.
O título nem teve tanta importância. O mais importante foi a atitude apresentada nos jogos. Rúben Magnano pegou uma herança boa do seu antecessor Moncho Monsalve. O espanhol já pregava a 'solidariedade' que Magnano quer na seleção. Nada de arremessos precipitados. Rodar a bola e procurar o companheiro melhor posicionado para o arremesso é um dos trunfos do argentino, que estreou no comando da seleção. O outro é a forte defesa. O Brasil marcou muito bem nos dois jogos. Alternava marcação individual e zona com muita rapidez e sempre pressionava a saída de bola adversária nos últimos 2 minutos de cada quarto.
Claro que ainda falta um pouco de ritmo de jogo. Prova disso é a quantidade elevada de faltas cometidas. Contudo o grupo é muito bom, o único senão é a armação. Marcelinho Huertas é ótimo, mas não tem reservas a altura. De resto, nada preocupa.
Os jogadores têm muita qualidade, o técnico sabe ganhar, adversários principais desfalcados e o aperitivo é dos mais saborosos. Dessa vez o Brasil tem tudo para voltar aos jogos olímpicos em grande estilo.
Agradecimentos
Fica aqui nosso agradecimento a Deborah Souza e Jalila Arabi. Deborah foi a assessora do Super Four e nos convidou a cobrir o evento in loco. Jalila proporcionou o contato entre nós, João Paulo e Fellipe, e Deborah.
Muito Obrigado!
A seleção brasileira de basquete masculino foi campeã do Super Four, torneio amistoso preparatório para o Campeonato Mundial da categoria. A competição contou ainda com a presença de Angola, vice-campeã, Venezuela, 3ª colocada e Chile, último.
Para um início de preparação foi ótimo. O Brasil enfrentou adversários bem mais fracos do que os que vai enfrentar no Mundial, mas mostrou uma grande superioridade nas duas partidas. O primeiro desafio foi contra a Venezuela, no sábado (7). O começo não foi muito bom, porém a seleção foi se soltando aos poucos e conseguiu abrir boa vantagem. No final, vitória fácil. 92 x 50. Destaque para Anderson Varejão, Guilherme e Marquinhos. Os três foram os cestinhas da partida, com 13 pontos cada. Na final contra Angola, mais uma vitória fácil. O placar elástico, 89 x 59, valeu o título do torneio e o pontapé inicial para a volta do basquete masculino brasileiro à Olimpíada.
O título nem teve tanta importância. O mais importante foi a atitude apresentada nos jogos. Rúben Magnano pegou uma herança boa do seu antecessor Moncho Monsalve. O espanhol já pregava a 'solidariedade' que Magnano quer na seleção. Nada de arremessos precipitados. Rodar a bola e procurar o companheiro melhor posicionado para o arremesso é um dos trunfos do argentino, que estreou no comando da seleção. O outro é a forte defesa. O Brasil marcou muito bem nos dois jogos. Alternava marcação individual e zona com muita rapidez e sempre pressionava a saída de bola adversária nos últimos 2 minutos de cada quarto.
Claro que ainda falta um pouco de ritmo de jogo. Prova disso é a quantidade elevada de faltas cometidas. Contudo o grupo é muito bom, o único senão é a armação. Marcelinho Huertas é ótimo, mas não tem reservas a altura. De resto, nada preocupa.
Os jogadores têm muita qualidade, o técnico sabe ganhar, adversários principais desfalcados e o aperitivo é dos mais saborosos. Dessa vez o Brasil tem tudo para voltar aos jogos olímpicos em grande estilo.
Agradecimentos
Fica aqui nosso agradecimento a Deborah Souza e Jalila Arabi. Deborah foi a assessora do Super Four e nos convidou a cobrir o evento in loco. Jalila proporcionou o contato entre nós, João Paulo e Fellipe, e Deborah.
Muito Obrigado!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Preferência Nacional
Por João Paulo Biage
Ontem ficou comprovado que futebol é o ópio do povo. Jogo da Taça Libertadores no mesmo horário do primeiro debate entre os presidenciáveis. Quem teve maior audiência? Futebol, claro. Tudo bem que o ataque de carência de Plínio Sampaio sensibilizou os espectadores do debate, tanto que a pseudo-múmia liderou os TTs do Twitter por um bom espaço de tempo, mas é inevitável o fato do brasileiro preferir futebol às eleições.
Quando o relógio apontava 23h04 o jogo tinha 31,9 pontos de audiência e o debate dos candidatos à presidência apenas 3,1*. Ou seja, tinha 10 vezes mais pessoas assistindo o futebol do que ao debate. O brasileiro ignorou a troca de idéias (e insultos) entre o(a) futuro(a) governante desse país e seus concorrentes por 22 homens correndo atrás de uma bola.
Como esse blog é esportivo, esqueçamos o debate e vamos ao mais importante: o jogo.
Ótima partida. Jogo dígno de decisão. São Paulo saiu na frente após falha incrível de Renan que Alex Silva não perdoou. O Inter empatou com Alecsandro. O camisa 9 desviou de calcanhar, meio que sem querer, a cobrança de falta de D'alessandro. Um minuto depois, Ricardo Oliveira colocou fogo no jogo desempatando para o tricolor: 2x1. Porém, apesar da pressão são paulina nos 30 minutos finais, o placar não se alterou. Internacional classificado.
Não só classificado para a final da Libertadores, como também para o Mundial Interclubes. Beneficiado pelo regulamento esdrúxulo da Conmebol (Confederação Sulamericana de Futebol), que não permite que mexicanos vão à competição em Dubai, o Colorado não precisa nem ser campeão continental para disputar o Mundial no final do ano. Isso porque os times mexicanos são convidados e a vaga destinada ao México, e toda a América do Norte, é disputada no torneio organizado pela Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe). Complexo e ridículo.
O Inter fez por merecer. Mas, mais do que isso, o São Paulo também quis a desclassificação. Jogou muito ontem. O problema é que só jogou bem em 90 dos 180 minutos da semi-final. Se apequenou muito no Beira Rio. Perdeu antes da decisão. E isso até me lembra uma frase do falecido Armando Nogueira sobre o maior injustiçado do futebol brasileiro: o goleiro Barbosa.
"Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Gigghia caiu-lhe como uma maldição. E, quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera", disse Armando sobre a derrota do Brasil para Uruguai no episódio mais triste do futebol brasileiro, o Maracanazzo. Com o São Paulo foi a mesma coisa. O jogo de ontem o São Paulo perdeu na semana passada. A classificação para a final da Libertadores, o São Paulo perdeu na véspera.
* Dados do Ibope
Ontem ficou comprovado que futebol é o ópio do povo. Jogo da Taça Libertadores no mesmo horário do primeiro debate entre os presidenciáveis. Quem teve maior audiência? Futebol, claro. Tudo bem que o ataque de carência de Plínio Sampaio sensibilizou os espectadores do debate, tanto que a pseudo-múmia liderou os TTs do Twitter por um bom espaço de tempo, mas é inevitável o fato do brasileiro preferir futebol às eleições.
Quando o relógio apontava 23h04 o jogo tinha 31,9 pontos de audiência e o debate dos candidatos à presidência apenas 3,1*. Ou seja, tinha 10 vezes mais pessoas assistindo o futebol do que ao debate. O brasileiro ignorou a troca de idéias (e insultos) entre o(a) futuro(a) governante desse país e seus concorrentes por 22 homens correndo atrás de uma bola.
Como esse blog é esportivo, esqueçamos o debate e vamos ao mais importante: o jogo.
Ótima partida. Jogo dígno de decisão. São Paulo saiu na frente após falha incrível de Renan que Alex Silva não perdoou. O Inter empatou com Alecsandro. O camisa 9 desviou de calcanhar, meio que sem querer, a cobrança de falta de D'alessandro. Um minuto depois, Ricardo Oliveira colocou fogo no jogo desempatando para o tricolor: 2x1. Porém, apesar da pressão são paulina nos 30 minutos finais, o placar não se alterou. Internacional classificado.
Não só classificado para a final da Libertadores, como também para o Mundial Interclubes. Beneficiado pelo regulamento esdrúxulo da Conmebol (Confederação Sulamericana de Futebol), que não permite que mexicanos vão à competição em Dubai, o Colorado não precisa nem ser campeão continental para disputar o Mundial no final do ano. Isso porque os times mexicanos são convidados e a vaga destinada ao México, e toda a América do Norte, é disputada no torneio organizado pela Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe). Complexo e ridículo.
O Inter fez por merecer. Mas, mais do que isso, o São Paulo também quis a desclassificação. Jogou muito ontem. O problema é que só jogou bem em 90 dos 180 minutos da semi-final. Se apequenou muito no Beira Rio. Perdeu antes da decisão. E isso até me lembra uma frase do falecido Armando Nogueira sobre o maior injustiçado do futebol brasileiro: o goleiro Barbosa.
"Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Gigghia caiu-lhe como uma maldição. E, quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera", disse Armando sobre a derrota do Brasil para Uruguai no episódio mais triste do futebol brasileiro, o Maracanazzo. Com o São Paulo foi a mesma coisa. O jogo de ontem o São Paulo perdeu na semana passada. A classificação para a final da Libertadores, o São Paulo perdeu na véspera.
* Dados do Ibope
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Moleques campeões ou Campeões moleques?
Por João Paulo Biage
O Santos é campeão da Copa do Brasil. Jogaram muito nessa Copa do Brasil. É deles a melhor campanha, melhor ataque e a maior goleada (10x0 sobre o Naviraiense). Trocando em miudos, título merecidíssimo para os garotos da Vila Belmiro. O Santos é o melhor time do Brasil em 2010. Campeão estadual e da Copa do Brasil. Tem 100% de aproveitamento no ano, duas competições disputadas e dois títulos
É fato que o Santos caiu de rendimento depois da Copa do Mundo. Demorou a engrenar, mas está subindo de produção. Resta saber se após a saída de Robinho (que dificilmente fica) e André o time vai manter o ritmo vencedor dos últimos meses. Keirrison, com certeza, substituirá André a altura, mas encontrar substituto para Robinho será impossível. Não pela qualidade técnica, mas pela liderança que ele tem na equipe e idolatria da torcida. Robinho é adorado em Santos, e fez por merecer.
Outra fator que pode atrapalhar o Santos é a soberba que os jogadores carregam. Depois de serem campeões paulista e tidos como o melhor time brasileiro dos últimos anos, o rei entrou na barriga de alguns jogadores. Moleques mimados e incosequentes, começaram a tomar atitudes inconcebíveis para ídolos e personalidades. Era um tal de "Eu sou fod*" pra lá e pra cá na hora de comemorar gols, entrevistas prepotentes, falta de humildade... A lista de molecagens não acaba e só tende a piorar.
Alguns dos fanfarrões, como diria Cap. Nascimento, que se acham os donos da verdade vão voltar à realidade assim que sairem do Santos. Madson, Zé Eduardo e Felipe, protagonistas do episódio da twitcam do Santos, nunca ganharam nada. Eles não têm futebol para serem titulares de grandes times. São apenas reservas sem talento que serão engolidos pelo mundo ingrato do futebol. Só espero que estejam guardando dinheiro para continuarem a alimentar seus cachorros...
Os outros 'donos da bola' até possuem bom futebol, mas sem massa encefálica é difícil ser alguem em qualquer profissão. Isso vale para Neymar. O novo queridinho do futebol brasileiro toma algumas atitudes idiotas, mas tem time querendo pagar rios de dinheiro para ter seu futebol. Ele só precisa crescer e ter cuidado para não ter uma carreira decadente como a do companheiro Robinho.
O que pesa a favor deles é que enquanto estiverem ganhando, não podem ser questionados. O time é bom, o técnico é vencedor e a diretoria é responsável. Só precisam administrar o ego dos moleques dentro de campo. Futebol, mais do que nunca, é dentro das 4 linhas.
O Santos é campeão da Copa do Brasil. Jogaram muito nessa Copa do Brasil. É deles a melhor campanha, melhor ataque e a maior goleada (10x0 sobre o Naviraiense). Trocando em miudos, título merecidíssimo para os garotos da Vila Belmiro. O Santos é o melhor time do Brasil em 2010. Campeão estadual e da Copa do Brasil. Tem 100% de aproveitamento no ano, duas competições disputadas e dois títulos
É fato que o Santos caiu de rendimento depois da Copa do Mundo. Demorou a engrenar, mas está subindo de produção. Resta saber se após a saída de Robinho (que dificilmente fica) e André o time vai manter o ritmo vencedor dos últimos meses. Keirrison, com certeza, substituirá André a altura, mas encontrar substituto para Robinho será impossível. Não pela qualidade técnica, mas pela liderança que ele tem na equipe e idolatria da torcida. Robinho é adorado em Santos, e fez por merecer.
Outra fator que pode atrapalhar o Santos é a soberba que os jogadores carregam. Depois de serem campeões paulista e tidos como o melhor time brasileiro dos últimos anos, o rei entrou na barriga de alguns jogadores. Moleques mimados e incosequentes, começaram a tomar atitudes inconcebíveis para ídolos e personalidades. Era um tal de "Eu sou fod*" pra lá e pra cá na hora de comemorar gols, entrevistas prepotentes, falta de humildade... A lista de molecagens não acaba e só tende a piorar.
Alguns dos fanfarrões, como diria Cap. Nascimento, que se acham os donos da verdade vão voltar à realidade assim que sairem do Santos. Madson, Zé Eduardo e Felipe, protagonistas do episódio da twitcam do Santos, nunca ganharam nada. Eles não têm futebol para serem titulares de grandes times. São apenas reservas sem talento que serão engolidos pelo mundo ingrato do futebol. Só espero que estejam guardando dinheiro para continuarem a alimentar seus cachorros...
Os outros 'donos da bola' até possuem bom futebol, mas sem massa encefálica é difícil ser alguem em qualquer profissão. Isso vale para Neymar. O novo queridinho do futebol brasileiro toma algumas atitudes idiotas, mas tem time querendo pagar rios de dinheiro para ter seu futebol. Ele só precisa crescer e ter cuidado para não ter uma carreira decadente como a do companheiro Robinho.
O que pesa a favor deles é que enquanto estiverem ganhando, não podem ser questionados. O time é bom, o técnico é vencedor e a diretoria é responsável. Só precisam administrar o ego dos moleques dentro de campo. Futebol, mais do que nunca, é dentro das 4 linhas.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Hungaroring sem chuva é sinônimo de corrida chata, certo? Nem tanto...
Pode não ter sido uma grande corrida, mas o GP da Hungria proporcionou ao público várias situações da qual o público pôde fixar os olhos para os acontecimentos. Veja 7 pecados capitais que NÃO causou o marasmo habitual da corrida húngara.
1 – Largada.
Apesar de ter sido uma largada comum, foi, ao mesmo tempo, uma largada incomum, já que não houve qualquer confusão, mas sim uma boa largada do pole Vettel, já que o alemão, habitualmente não larga muito bem, fora que Alonso conquistou a segunda posição, colocando o espanhol na disputa pela vitória.
2 – Abandono de Hamilton.
Logo na primeira metade da corrida, o então líder do campeonato Lewis Hamilton, abandonou a corrida com problemas no carro. Foi o suficiente para os rádios dos primeiros colocados funcionarem perguntando aos seus engenheiros o que aconteceu com o inglês, acirrando assim ainda mais a disputa pela vitória e, consequentemente, a liderança do campeonato.
3 – Estratégia da RBR.
Como não bastasse ter um carro superior, a estratégia da RBR só não foi 100% perfeita por causa da punição de Vettel na relargada após a entrada do Safty Car. Tirando o fato que enraiveceu bastante o alemão, a RBR, ajudada pelo desempenho do carro de Webber, que tinha que abrir mais de 20 segundos antes da parada do australiano nos boxes, foi perfeita.
5 – Acidentes nos boxes
A parte bizarra do GP foram os acidentes nos boxes, lembrando as paradas da Fórmula Indy onde os carros se precipitavam para sair logo em busca da melhor posição. Sutil e Kubica bateram quando o polonês saiu da linha de parada. Outro fato foi a roda solta de Rosberg, que os mecânicos falharam ao coloca-la, fazendo o alemão abandonar a corrida de forma melancólica.
6 – Barrichello x Schumacher
Talvez o principal motivo, uma briga de tirar o fôlego. Schumacher tinha mais carro que Barrichello, mas não encontrava o equilíbrio ideal nas saídas das curvas. Barrichello, com um motor Cosworth com menos força que o imponente Mercedes do alemão, fazia um traçado mais limpo. Mas quem disse que pra ultrapassar em Hugaroring precisaria de motor? Foi o que Barrichello mostrou, mesmo com Schumacher espremendo o brasileiro no muro, rendendo a ele uma punição de 10 posições perdidas no treino do próximo GP, na Bélgica.
7 – Kobayashi
O último, de menos destaque e que passou desnudamente aos olhos dos telespectadores, foi o desempenho do japonês Kamu Kobayashi, que largou em 23° lugar e terminou a corrida na 9° colocação, em uma pista em que ultrapassagem é extremamente difícil. Mas convenhamos também que o japonês foi bem beneficiado pela entrada do Safety Car.
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